Radha Gokulananda

 Principado de Sealand: 2135.

A sobrevivência da humanidade está por um fio. Após uma chuva global que durou oitenta anos, os continentes submergiram. A única porção de terra em todo o planeta é a ilha artificial de Sealand, localizada onde outrora existiu o Reino Unido.


Pouco mais de mil pessoas é tudo o que restou da humanidade. Várias doenças estão se encarregando de matar os sobreviventes: do escorbuto por deficiência de vitaminas até o vírus causador da febre sangrenta. A geneticista Radha Gokulananda tenta elaborar medicações, mas não há matéria prima disponível. A variabilidade genética de plantas e animais foi reduzida drasticamente, e ela não tem com o que trabalhar.




Mas Radha tem um aliado poderoso: Ravi Chandrasekhar, cuja forma humana não muda o fato de que se trata de um sintozóide extremamente poderoso. Ciente de que não há local na Terra onde encontrar material para fabricar remédios, Ravi propõe a Radha um experimento inusitado: uma exploração além do tempo.




CURIOSIDADES

A inteligência artificial sintozóide Ravi Chandrasekhar apareceu pela primeira vez no romance Dezoito de Escorpião, publicado em 2014 pela Editora Draco e vencedor em 2015 do Prêmio Argos na categoria "melhor romance de literatura fantástica". Ravi ressurge em O Esplendor, também publicado pela Draco em 2016 e vencedor do Argos no ano seguinte. Em 2020, Ravi Chandrasekhar ressurgiu em uma ponta na história em quadrinhos Alandros de Hiroshima, que integra a coletânea Arquivos Secretos da Segunda Guerra Mundial. O personagem é inspirado em Subrahmanyan Chandrasekhar, premiado físico indiano. Na ficção, Ravi é filho artificial de Subrahmanyan, mas esta é uma história ainda por contar.

E mais:

Principado de Sealand existe! Em SAROS 136, temos o último refúgio da humanidade depois que os continentes são totalmente inundados. O roteirista se inspirou em um fato real que parece ficção: uma  estrutura artificial existente em águas internacionais desde fins dos anos 60 do século XX e governado por um inglês que se intitula príncipe Michael. Roy Bates, pai de Michael e fundador de Sealand, se baseou em leis internacionais que autorizam o jus gentium (lei das nações) sobre tudo o que for terra nullius (terra de ninguém).

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