Heinrich Knöb

 Sobral, Ceará, Brasil: 1919.

Em 1919, tendo por objetivo testar uma hipótese elaborada pelo físico Albert Einstein, um grupo britânico de cientistas foi até a cidade de Sobral, no Ceará, observar um eclipse solar total. Era necessário um local com maior probabilidade de um céu sem nuvens, e poucos seriam mais propícios que o Ceará. 

Apesar de este ter sido um evento real, o personagem Heinrich Knöb é ficcional. No romance gráfico, ele é o autor desta foto que reúne os cientistas britânicos e a equipe brasileira de apoio:



Andrew Crommelin (circulado em vermelho) e Charles Davidson (circulado em azul), em foto de 1919.
Fonte da imagem: blog Infravermelho




 

Heinrich Knöb é um astrofísico jovem e promissor, que trabalha sob orientação direta do doutor Crommelin. Entretanto, desde sua chegada a Sobral, Heinrich passa mal diariamente, sofrendo de alucinações visuais e auditivas que dão a entender que ele está muito doente. Concentrado e obsessivo, Heinrich resiste, motivado pelo desejo de responder à questão proposta por Einstein: a gravidade distorce o espaço e é capaz de desviar até a luz?



CURIOSIDADES

Comandados pelo astrofísico Andrew Crommelin, a equipe se hospedou na residência do deputado Vicente Saboya, que foi tio do avô de Alexey Dodsworth, roteirista de SAROS 136. Havia o temor real de que os britânicos fossem infectados por febre amarela e morressem, pois não tinham a resistência natural dos habitantes locais. Além disso, Sobral enfrentava problemas recorrentes de falta de água, mas a família Saboya tinha acesso a um poço em suas terras.

Na época, o avô do roteirista tinha cinco anos de idade. Seu tio, o deputado Vicente Saboya, escreveu: "O meu irmão, doutor Massilon de Saboya, chamou-me a atenção para o grande perigo que estão expostos os milhares (sic.) de estrangeiros que vão a Sobral observar o eclipse total do Sol em maio próximo. No Ceará há sempre febre amarela, atacando as crianças sob formas atenuadas e típicas, poupando os adultos que naturalmente já a tiveram na infância, mas mostrando-se bem característica nos estrangeiros que lá chegam".

E mais:

Em SAROS 136, a melhor amiga de Heinrich é uma jovem inglesa genial chamada Mary Cartwright. Apesar de nunca ter estado no Brasil, a doutora Cartwright existiu, foi uma matemática brilhante e pioneira da teoria do caos.

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